"Quero fazer da minha existencia lesbica feminista a produção crítica de mim mesma e do mundo!"
(frase criada por várias lésbicas feminista do Brasil- Marylucia Mesquita, Luanna Marley, Kaká Kolinsk...)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Militante Lésbica assume a 1ª Coordenação Nacional LGBT do Brasil
O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, nomeou a primeira Coordenadora de Promoção dos Diretos LGBT, novo órgão da SEDH, Mitchele Meira (foto). Militante lésbica, Mitchele Meira foi candidata a vereadora de Fortaleza e integrou, desde o início, o quadro do Governo Luizianne Lins. Atualmente, estava na Coordenadoria para Assuntos da Diversidade Sexual da prefeitura. Respeitada no movimento LGBT, assume a coordenação para tentar impulsionar os programas do governo Lula na área, que têm sofrido intensas críticas quando à morosidade.
Mitchele Meire compôs uma listra tríplice indicada pelo Setorial Nacional LGBT do PT para o cargo, e a escolha foi comemorada pelo coordenador setorial Julian Rodrigues. “As perspectivas de termos políticas LGBT eficientes e democráticas melhoraram muito.”, afirmou Rodrigues. Igo Martini, do Dignidade (Curitiba), foi convidado por Meira para a coordenação-adjunta.
Fonte: http://forumbaianol gbt.blogspot. com/2009/ 12/mitchele- meira-e-nomeada- para.html
Fique Sabendo: Mitchelle Meira é co-fundadora do Grupo LAMCE, em sua primeira formação no ano de 2004 e que articulou o primeiro trio elétrico lésbico da Parada Pela Diversidade Sexual, o famoso Trio "Parada na D´elas"
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Vigilia pelo Fim da violência contra a mulher
A vigilia é organizada pelas organizações que compõe o Forum Cearense de Mulheres, inclusive o LAMCE, e se propõe a visibilizar a luta pelo fim da violencia contra a mulher, e os casos de mulheres brutalmente assassinadas pelo sistema patriarcal e heterossexista que vivemos.
Mesmo com a Lei Maria da Penha, que deveria contribuir para a diminuição dos casos de morte de mulheres, a violencia aumenta a cada ano.
As organizações e mulheres independentes estarão reunidas a partir das 18horas na praça da gentilandia. a programação é intensa e dura a noite inteira, com apresentações artísticas, grupos e bandas musicais, rodas de debate, apresentações de vídeos, e muito protesto e mobilização.
Confira abaixo alguns artigos de militantes do movimento de mulheres que foram publicados hoje no jornal O Povo.
Violência X autonomia
Diana Maia
24 Nov 2009 - 02h35min
Desde a consolidação do domínio masculino sobre o mundo, o controle sobre os corpos das mulheres é exercido de forma violenta e geralmente legitimada pela moral patriarcal que rege nossas sociedades. Acompanhando a polêmica do episódio da Uniban, protagonizado pela jovem Geisy Arruda, não posso deixar de tomá-lo como emblemático da desvalorização das mulheres em
nosso cotidiano.
Se antes éramos lançadas à fogueira por representar ameaça à ordem do mundo dos homens & pela ousadia de pular a janela do destino em busca de liberdade, conhecimento, prazer & hoje continuamos queimadas pela ridicularização pública e outras diversas formas de violência banalizadas em discussões simplistas sobre o que poderia ser evitado se: não usássemos tal roupa, não nos comportássemos de tal forma, não questionássemos tal lei, se não fôssemos mulheres em busca de autonomia. Os argumentos misóginos de culpabilização das mulheres, para desviar do problema real que é a violência sexista que nos é imposta, encontra respaldo e se encerra diante da afirmação da cultura como algo inquestionável.
É sobre nossos corpos como lugar de negação que se mantém todo um sistema de injustiças sociais, permeando nossa educação, leis e interpretação da realidade.
O corpo feminino como lugar de expressão da sexualidade simboliza no imaginário social dois destinos aparentemente opostos, mas reveladores de uma mesma alienação: o casamento e a prostituição (não me refiro aqui à livre escolha de união entre duas pessoas autônomas nem à opção de trabalhar com o sexo), quando estas duas alternativas restringem nosso comportamento à afirmação das expectativas sociais de aprovação ou condenação de nossa sexualidade. Ambas calcadas no viés opressor de domínio sobre os corpos e o exercício pleno da sexualidade feminina. O mito do amor romântico culminando com o contrato sexual impõe tantos obstáculos à autonomia das mulheres quanto a manipulação do discurso libertário pela lógica capitalista liberal, invertendo nossa proposta de relações igualitárias em consumo de pessoas.
Ainda precisamos avançar muito em todos os âmbitos de organização da vida em sociedade para que nós, mulheres, sejamos valorizadas como seres inteiros e autônomos e não reduzidas a Evas ou Marias, para que não mercantilizem nossos copos em tampinhas de cerveja, para que não sejamos criminalizadas nem mortas por dizer não à maternidade ou ao ex-companheiro, para que dívidas raciais, heterossexistas e adultocêntricas sejam tão reconhecidas quanto a luta de classes, para que a economia não se movimente pela ação de parasitas que consomem os corpos de nossas crianças e adolescentes. Para que nossas palavras superem a cautela e nossa voz ao invés de mansa conquiste a amplidão.
DIANA MAIA - Feminista militante do Fórum Cearense de Mulheres e do Coletivo de Jovens Feministas
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Direito a ter direitos
Mary Silva de Souza
24 Nov 2009 - 02h35min
É notório, quando mencionamos o termo violência, direcionarmos nosso discurso para o ataque físico, principalmente se estivermos nos referindo à violência
contra a mulher.
Devemos considerar que violência é um comportamento que causa dano à outra pessoa, ser vivo ou objeto. Portanto, quando nos deparamos com direitos negados, seja lá em que circunstância for, é uma situação de violência. No âmbito trabalhista, nós, mulheres, somos duramente penalizadas com uma sobrecarga de trabalho que não sabemos nem mais calcular se é dupla, tripla ou algo mais. E onde fica o nosso direito ao descanso semanal? Se com essa jornada ampliada até aos fins de semana estamos no ``tronco``, para cumprir com os cuidados com a família, determinados pela sociedade machista e patriarcal?
Constantemente tomamos conhecimento de serem burlados direitos adquiridos. E isso também precisa ser encarado como uma forma de violência. O poder legislativo aprova as leis e, vergonhosamente, muitas ficam só no papel, como é o caso da lei que trata o Piso Salarial Nacional do Magistério. A redução da carga horária dos professores em um terço é o que garante essa lei de fato, mas de direito ainda não foi executada. E a categoria fica a mercê dos gestores, que fazem total descaso de um direito garantido às custas de muita luta da sociedade civil organizada. Aí fica a indagação: será que a redução da jornada dos professores não é respeitada porque a categoria é majoritariamente composta por mulheres?
A sociedade capitalista se desenvolveu às custas da exploração do trabalho feminino e esse é um dos motivos que justificam a opressão que sofremos. É só imaginar quantas mulheres realizam o trabalho doméstico, o cuidado dos filhos, dos idosos, das pessoas com deficiência. Se o trabalho feminino não fosse desvalorizado e invisibilizado, se todas essas mulheres recebessem salários dignos por esse trabalho o sistema certamente entraria em colapso. E sobre nós, mulheres, é jogado o peso de sustentar esse sistema e, pior, sem o menor reconhecimento de que é às custas desse trabalho que os homens podem sair para trabalhar nas indústrias, nas fábricas, nas empresas etc. Para manter essa situação de exploração, a cultura machista usa um simples argumento: o trabalho doméstico faz parte da essência feminina.
Nós, mulheres, queremos usufruir os nossos direitos sem sermos questionadas por essa sociedade que oprime até nossa forma de vestir. O que nós mulheres queremos é a nossa liberdade incondicional. É podermos escolher o que vestir, aonde ir, com quem ficar, a quem amar. Enfim, queremos o direito de ter direitos. Isso é querer muito? Pois queremos ainda mais. Queremos uma sociedade que nos respeite, para que nos sintamos parte dela, sem hipocrisia.
MARY SILVA DE SOUZA - Pedagoga, integrante do Suprema e do Fórum Cearense de Mulheres
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Basta de violência
Aurycelia da Silva Costa
24 Nov 2009 - 02h35min
A violência contra a mulher é reconhecida como problema social, que vem lançando desafios para os poderes públicos, pressionados para agirem pela construção de justiça e igualdade de gênero. Essa violência, cometida por parceiros e ex-parceiros, é a maior causa de doenças e morte de mulheres. É um desafio urgente o conhecimento dos elementos simbólicos da dominação masculina, presentes nas representações sociais de gênero e de violência contra mulher, reproduzindo sofrimentos e violações que destroem sonhos de milhares de mulheres pelo mundo.
Essa violência configura-se no exercício de um poder que tem dimensões opostas em que se envolvem dominação, consentimento e também resistência. O poder é a possibilidade concreta de ação capaz de transformar as coisas. Tem dimensões pessoais, coletivas e políticas. O corpo das mulheres constitui-se em local de exercício de um poder de controle e de subjugo, como forma de calar e destruir a autonomia feminina contra as formas de dominação masculina. Uma maneira que expressa esse domínio do masculino sobre o feminino é à violência física, que assume o seu estágio final no assassinato que desenha, de forma brutal, essa violência, demarcando, nos corpos das vítimas, um sinal de ódio, que se expressa num crime cultural e político: o feminicídio. Segundo a imprensa cearense, de janeiro a novembro deste ano 113 mulheres foram assassinadas & quase uma mulher a cada dois dias e meio.
Essa morte não pode ser tratada como um crime comum. Os homens usam a força para matar a mulher com ferimentos provocados por armas diferentes, martirizando o corpo até a morte e, muitas vezes, até depois dela. Ora, a força em nossa sociedade é o mais evidente signo do macho e, dessa maneira, o modo de matar as mulheres revela-se como um crime de gênero.
A lei Maria da Penha (LMP), criada para combater e punir a violência doméstica e familiar contra mulheres, está enfrentando um embate ideológico e político, com a finalidade de inviabilizá-la. Precisamos agir na defesa dessa Lei, conquista não apenas de uma, mas de todas as mulheres. A LMP tem que ser garantida e aplicada como um instrumento de justiça e proteção, não como só mais uma Lei que vai ficar no papel. Ela é resultado de lutas e conquistas voltadas para mudança da realidade das mulheres que vivem em ciclos de violência que podem se iniciar pela violência psicológica, patrimonial, sexual, moral e física, terminando, muitas vezes, com o ``Feminicídio``, ou seja, o seu assassinato pelo fato de ser mulher. Devemos ser firmes: pelo fim de toda violência de gênero contra as mulheres e pela garantia de nossos direitos humanos.
AURYCELIA DA SIVA COSTA - Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre gênero, idade e família (Negif) da UFC
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A atualidade do feminismo emancipacionista
Nágyla Drumond
24 Nov 2009 - 02h35min
O binômio classe/gênero é um dos principais elementos articuladores e estruturantes das relações sociais, permitindo-nos entender como os sujeitos estão sendo constituídos cotidianamente por um conjunto de significados impregnados de símbolos culturais, conceitos normativos, institucionalidades e subjetividades sexuadas que atribuem a homens e mulheres um lugar diferenciado no mundo, sendo essa diferença atravessada por relações de poder que conferem ao homem uma posição historicamente dominante. Entendendo, no entanto, que esses lugares sociais não são totalmente cristalizados, mas construídos de maneira relacional.
Ao longo do século XX, nunca ficou tão clara a existência e a continuidade da opressão de gênero. O progresso material da humanidade não foi acompanhado, na mesma medida, pelo avanço pessoal, social e político das mulheres. A atual crise do Capitalismo, inclusive, vem colocando novos desafios frente à luta feminista. É preciso fortalecer a identidade feminina, afirmando que somos donas de nossos corpos e de que devemos ampliar nossa participação nos espaços de poder e decisão como forma, inclusive, de enfrentar a violência. É necessário continuar avançando na garantia de políticas públicas, ocupando a esfera institucional de maneira decisória e, ao mesmo tempo, compreender que nossa fonte inspiradora continuará sendo a radicalidade de nossa luta: feminista e emancipacionista. Pois acreditamos que não basta incluir as mulheres numa agenda afirmativa de políticas públicas; é preciso emancipá-las. Por isso, continuamos firmes na construção de uma nova sociedade, que chamamos de Socialismo.
No Ceará, o ano de 2009 nem mesmo terminou e 113 mulheres já foram assassinadas. Um aumento de 21 %, em relação aos assassinatos registrados no Estado em todo o ano de 2008. Esta realidade exige, de maneira imediata, a implantação da Secretaria Estadual de Mulheres; a ampliação do número de juizados, delegacias especializadas, casas-abrigo, centros de referência, numa concepção que não responsabilize as mulheres pela violência que sofrem, mas que enfrente o desafio da violência sexista como um processo que deve ser desconstruído por toda a sociedade.
Neste 25 de novembro & Dia Internacional pela Erradicação de todas as formas de violência contra a Mulher - defendamos que um novo plano de desenvolvimento nacional, que avance ainda mais do que o Governo Lula vem avançando, é de fundamental importância para a vida das mulheres. Continuemos firmes em nossa luta diária em busca do desenvolvimento com participação ativa das mulheres, entendendo que a luta feminista se entrelaça à luta de nosso povo por uma sociedade verdadeiramente livre, justa e igualitária.
NÁGYLA DRUMOND - Mestre em Sociologia & Coordenação UBM/ Presidenta do Centro Socorro Abreu
domingo, 15 de novembro de 2009
O primeiro e único selo editorial da América do Sul especializado em publicações para lésbicas completa um ano
* Extraído na íntegra do site: www.estadao.com.br/noticias/suplementos,uma-editora-engajada,465997,0.htm , acesso em 15/11/2009 às 15h
Uma editora engajada
Ciça Vallerio - O Estado de S. Paulo
PIONEIRISMO – Hanna (esquerda) e Laura comemoram o lançamento do quarto livro da Malagueta A Malagueta é um empreendimento de lésbicas para lésbicas. Este é o mote da única editora da América do Sul que publica livros voltados só para mulheres homossexuais. Após um ano de existência do negócio, as sócias Laura Bacellar e Hanna Korich se preparam para lançar este mês o quarto título e comemorar o resultado dessa empreitada.
"Já participamos de várias feiras do livro, fizemos encontros literários em muitos estados, firmamos parcerias com livrarias independentes e, o mais importante, estamos contribuindo para a ampliação da cultura lésbica, que é uma maneira de erradicar o preconceito", avisa Laura, de 49 anos, respeitada profissional do mercado editorial, com passagens pelas principais editoras do País. Foi ela que lançou o selo GLS, criado dentro da Summus, e o primeiro do País dedicado às minorias sexuais.
Quando Laura fala em "ampliar a cultura lésbica" significa aumentar a visibilidade das homossexuais para que essas mulheres possam ser aceitas cada vez mais pela sociedade e por elas próprias. "Ao contrário dos homens gays, fomos ensinadas a ficar quietas", ressalta. "Mas a nova geração já começa a mudar isso, tornando-se menos invisível. Mesmo assim, tudo o que é produzido na nossa cultura só é pensado para as mulheres heterossexuais, apesar de pesquisas do porte do Relatório Kinsey revelarem que 10% das mulheres são lésbicas."
Um exemplo dessa disparidade está no próprio mercado editorial do Brasil, que comporta entre 20 mil e 50 mil títulos por ano. No entanto, de tudo o que está nas prateleiras das livrarias apenas 75 abordam a temática lésbica, conforme levantamento realizado por Laura Bacellar. E como esses poucos títulos não são divulgados, a Malagueta comercializa também livros de outras editoras que tratam do tema lesbianismo e costumam passar despercebidos entre as pilhas de lançamentos.
Os três livros editados pela Malagueta já fizeram a alegria de autoras brasileiras que encontraram um canal de divulgação e comercialização de seus romances. O primeiro foi As Guardiãs da Magia, de Lúcia Facco. Depois vieram Amores Cruzados, de Fátima Mesquita; e Shangrilá, de Marina Porteclis. Este mês, vai entrar na lista o Aqueles Dias Junto ao Mar, escrito por Karina Dias, que se tornou um frisson na internet e agora chega na versão impressa, reescrita e com um novo final.
Em todas as publicações, as histórias falam de amor e sexo entre mulheres. As sócias avisam: "Os textos são um pouco apimentados, mas não trabalhamos com pornografia." Outra particularidade do selo Malagueta é o formato de bolso dos livros, que recebem contracapas lilás (cor que representa os homossexuais), para que suas leitoras tenham privacidade na hora de ler em lugares públicos. Mais uma curiosidade: o símbolo da editora são duas sapinhas, o que dá um toque de humor (para quem não sabe: "sapa" é um apelido popular para lésbica).
HAPPY END
Diferentemente de romances lésbicos publicados no passado, os livros lançados pela Malagueta têm direito a final feliz, embora isso não seja um requisito para a sua publicação. Para se ter uma ideia, as personagens da escritora Cassandra Rios, uma das precursoras da literatura lésbica no Brasil em plena repressão dos anos de 1970, eram amargas, bebiam muito e sofriam com o amor impossível.
Apenas em 1999, surgiu o primeiro livro brasileiro que falava do amor entre duas mulheres com final feliz. Foi Julieta e Julieta, escrito pela mineira Fátima Mesquita, que atualmente mora no Canadá. Apesar do estigma, as poucas publicações que tratam da homossexualidade feminina ajudam a entender e a aceitar a condição sexual de muitas que enfrentam barreiras na sociedade. Foi o que aconteceu com a própria Hanna, de 52 anos, que, junto com Laura, inaugurou a Malagueta.
"Os livros são fundamentais para tirar dúvidas, fazer as pessoas conhecerem o universo homo de uma forma serena", acredita Hanna. "Eu tive dificuldades para me aceitar, porque vivia em um universo profissional cheio de preconceitos, que era o de advogados, além do ambiente familiar. Foram os livros que me ajudaram a ter compreensão de mim mesma. Pensando na minha trajetória, entrei nesse projeto para que outras tenham a mesma oportunidade que eu tive."
Depois de várias décadas, Hanna assumiu publicamente sua homossexualidade e seu relacionamento de cinco anos com Laura, sua sócia.
A escritora Karina Dias, autora do quarto título da Malagueta, não sofreu preconceito quando assumiu sua condição sexual aos 18 anos. Porém, a maioria de suas leitoras lésbicas, que acompanha suas histórias publicadas na web, sente muita dificuldade para lidar com a sexualidade.
"Várias só conseguem viver o amor delas na internet, lendo os romances e contos que escrevo", conta a carioca Karina, de 30 anos, que estuda Jornalismo e se mudou para São Paulo, com o objetivo de morar com sua companheira paulistana. "Uma editora específica para esse nicho é importante, pois mostra, por meio de suas publicações, que é possível ser feliz. Além disso, a partir do momento em que se conhece mais sobre esse assunto, os estigmas e preconceitos vão se diluindo naturalmente."
Além das leitoras, muitas autoras também não se sentem à vontade para se expor. Por isso, acabam usando pseudônimos, como observa a carioca Lúcia Facco. Ela está finalizando a segunda parte do seu livro As Guardiãs da Magia, lançado pela Malagueta. Mas bem antes desse título, publicou outros com temática lésbica.
Curso "Mídia, Gênero e Sexualidade"
* Por Luanna Marley
O curso acontecerá entre os dias 23 de novembro a 03 de dezembro no Vila das Artes, sempre das 14 as 17hs e tem carga horária total de 30hs.
As incrições são gratuitas, destinadas a maiores de 18 anos, em horário comercial, na secretaria da Vila das Artes (Rua 24 de maio, 1221, Centro) e vão até o dia 18 de novembro. Serão disponibilizadas 30 vagas.
Por isso, Não PERCA!
Maiores Informações
Vila das Artes - 3252-1444
Coordenadoria de Políticas Públicas para Diversidade Sexual – 3452-2349/2345 ( diversidadefortaleza@gmail.com )
Júnior Ratts – 8747-4650
Sobre Júnior Ratts
Júnior Ratts é Bacharel em Comunicação formado pela Universidade Federal do Ceará, escritor, pesquisador, produtor cultural e tem experiência em redação jornalística e publicitária. Atualmente faz Mestrado em Comunicação na UFC, no qual desenvolve pesquisas em torno do tema "Mídia, Gênero e Sexualidade", as quais têm sido apresentadas, sob forma de artigo, em diversos encontros e congresso nacionais. Como escritor, já ganhou três prêmios literários – dois estaduais e um municipal – e publicará seu segundo livro no segundo semestre de 2009. O primeiro livro (Eterna Morte Passageira) volta-se para os sentimentos femininos de perda, rejeição, entre outros fatores que envolvem o cotidiano do gênero; já o segundo livro (Sweet Dreams: o anão e o cachorro, o calmante e o formicida) relata as angústias dos homossexuais masculinos. Em produção cultural, organiza há oito anos o NÓIA – Festival Brasileiro do Audiovisual Universitário.
Fonte: Coordenadoria de Políticas Públicas para Diversidade SExual -Secretaria de Direitos Humanos
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Mulheres no computador = Homens pasmos
Como contei num post anterior, estou fazendo um curso de webdesigner. Agora, o que não contei é que sou a única mulher. E já ouvi muitas coisas por conta disso, e só então percebi que nós somos raras em cursos desse tipo, assim como em hardware, designer gráfico avançado e programação. Acho que devido às nossas supostas funções no mundo (decoração e delicadeza) somos sempre levadas a fazer cursos de recepcionista, secretariado, call center, etc.
Aos homens ficam reservadas as funções que exigem mais racionalidade e frieza. Sem falar que para se desenvolver bem em programas de computador, é preciso ter tempo para ficar estudando, mas adivinha quem tem que fazer as tarefas domésticas ao invés disso? Um doce a quem adivinhar.
Abaixo, algumas pérolas de meus masculinos colegas:
-Porque você resolveu fazer um curso de webdesigner? (pessoa do sexo masculino pasma e intrigada)
-Porque quero aprender a fazer sites. (Dã!)
Na hora do intervalo, conversa entre dois homens e eu:
- Oi, você estuda aqui?
-Estudo.
-À tarde?
-Não, à noite (?o que eu estaria fazendo lá às 20:30 se estudasse à tarde?).
-Faz curso de quê?
- Web (me preparando para o pior).
-????Sééééério???? Nooossa!
- É sim! Eu também fiquei impressionado! Eles têm sorte, não tem ninguém florindo a minha turma.("eles " devem ser os meus abençoados colegas)
- Eu não tô florindo nada não!
- Mas se tem uma mulher, então o ambiente está florido!(poeta... )
- O curso é de web, não de paisagismo.( emocionada com a homenagem)
Isso foi depois que descobriram que eu além de mulher era feminista:
- Quer dizer que você é feminista?
-Anrã.
- Sinceramente, eu acho as feministas são mais machistas que os homens.
-Quantas feministas você conhece?
-Você é a primeira.
-Essa visão preconceituosa é muito reforçada para enfraquecer nosso movimento. Essa e muitas outras, como dizer que as mulheres são determinadas a cuidar do lar enquanto o homem detém a vida pública.
-Mas isso é verdade, todo mundo tem que assumir suas funções. A mulher tem ser mãe e educar os filhos, é natural. É porque querem quebrar esse equilíbrio que a nossa sociedade está ficando assim, sem rumo.
-Você acha que a nossa sociedade é equilibrada?
-Acho.
-Você deve ter uma vida muito confortável.
E essa foi quando eu estava brincando no Corel Draw durante uma aula livre e fiz o desenho abaixo:
Um colega atrás de mim viu a ilustração e falou beeem alto:
-Ei, esse desenho aí num tá meio LÉSBICO não?(indignado)
Respondi bem altão também:
-MEIO? Eu fiz o mais lésbico que consegui e ainda assim ficou só meio lésbico? (risinhos abafados da turma seguido de silêncio).
Ultimamente tenho evitado esses momentos porque o curso é a noite e quase sempre estou super cansada para ainda ter que me meter em debates e esclarecimentos.
Mas sinceramente, é um saco ouvir as piadinhas machistas no fundão comentando de forma nojenta as gostosonas não sei de onde, fora as homofobias. Esta semana, por exemplo, tinha um cara dizendo que o Alexandre Pato (jogador muito rico) podia ter qualquer “gata-gostosa” que quisesse, mas ao invés disso tinha casado com uma “doidinha-mó-páia”. Ai meus sais lilases...
Agora quando algum absurdo é “compartilhado” para a turma durante a aula eu me dou o direito a algumas cortadas. Afinal, ser feminista é estar sempre alerta. O problema é quando a gente acaba sendo tão violenta quanto o agressor e acaba perdendo uma oportunidade de firmar um diálogo. Mas também nem sempre tem que tratar com luvas de pelica certas coisas. De vez em quando um Simancol básico cai bem. E haja Simancol.
Fonte: Texto extraido do Blog Sherviajando (http://sherviajando.blogspot.com/2009/07/mulheres-no-computador-homens-pasmos.html)
Não deixe de conferir esse blog - http://sherviajando.blogspot.com/
terça-feira, 27 de outubro de 2009
SENALE - Seminário Nacional de Lésbicas - Faça sua inscrição
Estão abertas as inscrições para o VII Seminário Nacional de Lésbicas que acontecerá no período de 05 à 08 de Dezembro de 2009 em Porto Velho/Rondônia.
O SENALE é um encontro nacional que reúne lésbicas e mulheres bissexuais com o objetivo de construir o empoderamento político através da troca experiências e diálogos sobre temas pertinentes à vivência lésbica que são realizados de maneira ampla e democrática.
O primeiro SENALE aconteceu no Rio de Janeiro/RJ em 1996, sendo seguido por encontros realizados em Salvador/BA (1997), Betim/MG (1998), Porto das Dunas/Aquiraz/CE (2001), São Paulo/SP (2003) e Recife/PE (2006).
Em 2009, pela primeira vez, o SENALE será realizado na Região Norte do país, em Porto Velho/RO. Com o tema Fortalecimento, Unificação e Visibilidade a 7ª edição do SENALE pretende contar com a participação mínima de 150 lésbicas e mulheres bissexuais. A programação contará com exposições, debates, plenárias e oficinas com temas diversos que incluem, por exemplo, feminismo, saúde e educação; além de festas e atividades culturais.
Participe! Divulgue!
Outras informações podem ser obtidas através do blog oficial do evento: http://senale.wordpress.com/
A ficha de inscrição pode ser acessada diretamente pelo link abaixo ou pelo blog oficial do evento (em construção).
FICHA DE INSCRIÇÂO:
http://spreadsheets.google.com/viewform?hl=en&formkey=dGJ3R0pGOTZhak9XQ0VYNDNLYV9EeHc6MA
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Casa do LAMCE é Casa Feminista!
A Casa Feminista, espaço conquistado pelo grupo LAMCE – Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará, em parceria com o FCM - Fórum Cearense de Mulheres (que também utilizará o espaço como sede) é um espaço inédito que servirá como referencia política para as mulheres lésbicas e bissexuais do estado.
A Casa fica localizada na Avenida do Imperador, 1443, no Centro de Fortaleza, mas também é muito próxima ao Bairro Benfica, bairro conhecido pelo grande fluxo do público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
No espaço, além de sede para o grupo, se realizaram as reuniões do LAMCE e as plenárias do FCM, articulações políticas, encontros e debates do movimento de mulheres lésbicas e bissexuais do estado, para Luanna Marley ativista do LAMCE, “este momento se constitui como único, onde demonstra a consolidação do movimento de mulheres lésbicas e bissexuais e a luta contra a heterossexualidade obrigatória no Estado do Ceará. Ter um espaço feminista como referencia nos dá oportunidade de constituirmos vínculos e ações políticas com/entre/para as mulheres lésbicas e bissexuais e mudarmos esta realidade de uma sociedade tão machista, racista, classista e heterosexista.”.
Quem quiser conhecer o lugar, uma super festa de inauguração está sendo planejada, junto com um bazar para arrecadar fundos para a manutenção da casa e compra de móveis, equipamentos eletrônicos, computadores, utensílios de cozinha e material de escritório. Maiores informações serão postadas aqui no blog do LAMCE. Fique de olho, acompanhe e comente!
*Por Alessandra Guerra
terça-feira, 15 de setembro de 2009
As mulheres serão amigas, fraternas, solidarias e sinceras.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Pura arte consciente
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Visibilidade Lésbica na Terça Negra!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
19 de agosto - Dia do Orgulho das Lésbicas no Brasil
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
I Congresso da Juventude de Fortaleza para a construção do Plano Municipal de Juventude
Neste sentido, a Prefeitura de Fortaleza, através da Coordenadoria de Juventude e o Conselho Municipal de Juventude estão realizando o I Congresso da Juventude de Fortaleza,com o objetivo de discutir as propostas e diretrizes tiradas na I Conferência Municipal de Juventude, bem como traçar metas para a implementação de Polícas Públicas para os/as Jovens de Fortaleza. Vale ressaltar que netes processos estará sendo construído com a juventude o Plano Minucipal de Juventude para os próximos 10 anos.
É muito importante a participação das jovens mulheres lésbicas, bissexuais e heterossexuais neste espaço de construção e participação política.
Participem!
Programação do I Congresso da Juventude de Fortaleza:
Plenárias Temáticas:
Confira os locais e datas das Plenárias Temáticas do I Congresso Municipal de Juventude:
PROGRAMAÇÃO:
14h às 18h - discussão do Plano Municipal de Juventude
Trabalho, renda e novas formas de inserção; Ciência, tecnologia da informação e comunicação; Segurança Integral.
Data: 15 de agosto Local: Centro de Referência do Professor - (Conde D'eu, nº 560);
Cultura; Acessibilidade e jovens com deficiência; Educação
Data: 22 de agosto Local: Centro de Referência do Professor - (Conde D'eu, nº 560);
Esporte, lazer e tempo livre; Jovens Mulheres
Data: 29 de agosto Local: Centro de Referência do Professor - (Conde D'eu, nº 560);
Meio Ambiente; Diversidade Sexual; Gestão das Políticas Públicas de Juventude
Data: 05 de setembro Local: Centro de Referência do Professor - (Conde D'eu, nº 560);
Saúde e Qualidade de Vida; Participação Juvenil; Raça, Etnia e Religião
Data: 12 de setembro Local: Centro de Referência do Professor - (Conde D'eu, nº 560).
Plenárias Territoriais:
Confira os locais e datas das Plenárias Territoriais do I Congresso Municipal de Juventude de Fortaleza:
PROGRAMAÇÃO:
09h – 12h: Prestação de serviço à comunidade
14h – 17h: Discussões do Plano Municipal de Juventude
17h – 20h: Atividades Culturais
19/09 – SER II - EMEIF Almerinda de Albuquerque (São João do Tauape) SER V - CSU Lúcio Alcântara (Conj. Ceará) SER VI - EMEIF Mauricio de Matos Dourado (Edson Queiroz);
26/09 – SER V - EMEIF Nereira Facor (Bom Jardim) SER VI - EMEIF Raimundo Moura Matos (Passaré) SER II - CRAS Frei Tito e Escola Frei Tito (Caça e Pesca);
03/10 – SER V - CSU Adauto Bezerra (José Walter) SER VI - EMEIF Angélica Gurgel (Messejana) SER III - CSU Bela Vista (Bela Vista);
10/10 – SER III - EMEIF Joaquim Nogueira (Antonio Bezerra) SER I - CSU Tertuliano Cambraia (Carlito Pamplona) SER IV - CSU Presidente Médici (Bairro de Fátima);
17/10 – SER I - Cuca I (Barra do Ceará) SER IV - EMEIF Waldemar Barroso (Serrinha).
Nestes locais, a programação tem início às 18 horas:
02/10 - SER V - EMEIF Jacinto Botelho (Maraponga);
25/10 - SER II - EMEIF Álvaro Costa (Caça e Pesca).
I Congresso de Juventude, data: 06, 07 e 08 de Novembro
Local: Centro de Convenções.
7º ENUDES - Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual
Academia e Militâncias em Diálogo: Diversidade Sexual e Lutas Sociais.
Local: Campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais.
Data: de 3 a 7 de setembro de 2009.
A importância da constituição desse espaço de diálogo justifica-se também como sendo um momento propício para a análise dos avanços alcançados pelo movimento social LGBT no país tendo como parâmetro outros movimentos de luta pela afirmação da diferença (movimento feminista, movimento negro, entre outros). O encontro de histórias e trajetórias de luta em prol de diferentes causas permitirá a troca de experiências e o traçar de novos rumos partindo de dificuldades encontradas e experiências bem-sucedidas.
Por um lado, o ENUDS 7 propiciará discutir o quanto os movimentos de diversidade sexual têm se apropriado das questões de classe, gênero e étnico-raciais. Por outro lado, o encontro poderá instigar outros movimentos sociais a refletirem sobre a forma como lidam internamente com as questões da diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero. Desse modo, o ENUDS 7 propões um diálogo aberto com os seguintes movimentos sociais:
- Movimento LGBT
- Movimento Feminista
- Movimento Negro
- Movimento d@s Trabalhador@s Rurais
- Movimento de luta pela educação
- Movimento Estudantil
- Movimento d@s Profissionais do Sexo
- Sindicatos
- Movimento de jovens
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Campanha "Un beso es Un Beso"
O Coletivo Ovejas Negras do Uruguai lança Campanha contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, chamada "Un beso es un Beso" (Um beijo é um Beijo"), através de Spot de TV.
Atualmente no Uruguai existem leis anti-discriminação, como por exemplo o Art. 2 da Lei 17.817 , bem como o Código Penal em seu Art. 149 que considera crime, com penas de 6 a 24 meses de prisão a quem cometer “atos de violencia moral ou física de odio ou de depreciação contra uma ou mais pessoas em razão de sua orientação sexual ou identidade sexual”. Da mesma forma , o art. 149 também diz penalizar de 3 a 18 meses de prisão a quem “públicamente ou mediante qualquer meio apto para sua difusão pública incitar o ódio, a depreciação, ou a qualquer forma de violência moral ou física contra uma o mais pessoas em razão de sua orientação sexual ou identidade sexual.”
Para assistir o vídeo acesse: http://www.youtube.com/watch?v=tmSpaggU4E8&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Efacebook%2Ecom%2Fhome%2Ephp%3Fref%3Dhome&feature=player_embedded
Para mais informações confira o site www.ovejasnegras.org e fique por dentro desta campanha!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Convacatória Visibilidade às Mulheres Lésbicas e Bissexuais
O grupo LAMCE - Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará vem por meio desta, convocar todos os movimentos sociais, a estarem conosco contribuindo e pensando a programação e realização de atividades específicas, referentes a IV Semana pela Visibilidade Lésbica no Ceará.
A atividade ocorre, por volta do dia 19 de agosto - Dia do Orgulho Lésbico e dia 29 de agosto - Dia da Visibilidade Lésbica.
Devido a proximidade de datas, e urgência das discussões, a reunião está sendo marcada para a próxima segunda-feira, dia 27 de julho, as 18hrs na Casa Lilás: Rua Costa Souza, 115, Benfica.
Aguardamos a presença de todas.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Livros infantis para quebrar a heterossexualidade obrigatória desde cedo!
Divulgando proposta incrível! vale muito a pena mesmo:
Coleção Bem-Me-Quer
Diversidade e respeito são duas palavras que não existem separadas. Seus conceitos se permeiam e se complementam de uma maneira especial. O respeito à diversidade e a diversidade com respeito existem como caminhos que levam à paz. Que bom seria se todos fossem respeitados por suas diferenças, por suas opções, por suas maneiras de viver a vida.
Esse é o ideal do Projeto Bem-Me-Quer, e a Coleção de livros Bem-Me-Quer foi produzida com essa mesma proposta: sensibilizar crianças, adolescentes e jovens para as questões de preconceito e discriminação ainda presentes em nossa sociedade. São sete os temas tratados: classe social, deficiência, gênero, orientação sexual, raça/etnia, regionalismo, religião.
A Coleção, por si só, é diversa. Nove autores, nove ilustradores das mais diversas regiões, inclusive estrangeiros, dão um tom especial às obras. São eles: Ana Raquel, Jonas Ribeiro, Flávia Lins e Silva, Eliana Carneiro, Gilles Eduar, Adriana Falcão, Anna Cláudia Ramos, Márcia Cristina Silva, Chico Salles, Raquel Echenique, Leicia Gotlibowski, Maurenilson Freire, José C. Lollo e Jô Oliveira. O projeto gráfico é do designer Alex Chacon. Com tanta gente, cada livro tem um tom, um traço, uma letra. Cordel, narrativas, poesia, aventuras, descobertas, conflitos, superação e compreensão são temas trabalhados para estimular os leitores a perceberem a riqueza de ser diferente.
O décimo item da Coleção é um presente maior para a imaginação. Trata-se de um audiolivro com todas as histórias contadas por profissionais e musicadas pelo violonista Jorge Brasil. Um toque de sensibilidade especial para as pessoas com deficiência visual, mas que pode ser ouvido por todos sem distinção. Um presente para os alunos das 2.600 escolas vinculadas ao Instituto Itaú Social que serão agraciadas com as coleções
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Funk da Solução no youtube! massa d+!!!!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Aborto - Absurdos em nome de quem?
Depois continue assistindo... a parte 2
Depois continue assistindo... a parte 3
Tem LAMCE no Leskut!
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segunda-feira, 13 de julho de 2009
A REVOLTA DOS PERDIGOTOS
Um texto de João Ximenes Braga...
A REVOLTA DOS PERDIGOTOS
Homoterrorismo é a desimportância em desespero. A sexualidade é inalterável e inatingível. E quando se trata de sexualidade, só existe uma coisa no mundo que consegue ser mais desprovida de importância que a opinião pessoal: o julgamento moral.
Você pode julgar quanto quiser a sexualidade alheia. Não tem importância. Você pode ser hétero e fazer a elegia dos seus amigos gays. Não tem importância. Você pode ser gay e fazer piadas maldosas sobre o comportamento “careta” dos héteros. Não tem importância. Eles não deixarão de ser o que são.
Você pode ser conservador e barrar leis no Congresso, fazer passeatas pela família, dizer que o mundo está acabando, que Deus vai punir a todos. Não tem importância, não passa do registro da fofoca, ninguém vai deixar de se deitar com quem quer. Pode até deitar escondido, ou demorar a criar coragem, mas vai deitar. Deitar e suar e trocar saliva e outros fluídos que, com sorte, ficarão na camisinha.
E você pode achar isso nojento. Mas não tem importância. Pois a sua opinião e o seu julgamento sobre a sexualidade alheia não tem importância. Porque é alheia. Se é alheia, é do outro; se é do outro, não é sua; não sendo sua, não vai mudar por sua causa.
Você pode ser deputado crente ou padre pitboy, pode ser simpatizante ou skinhead, pode ser presidente do Irã ou suplente do PTC, grandes coisas, azar o seu, a sexualidade alheia continuará a não ser da sua conta. O pessoal vai continuar deitando e suando e trocando saliva enquanto você desperdiça os seus perdigotos uivando indignação pelas esquinas.
Aí, numa desesperada tentativa de não admitir que seu julgamento moral é inútil, você joga uma bomba. Você pode até matar alguns indivíduos. Ferir outros. Emperrar a vida de muitos. Vãs tentativas de ter importância, pois não vai, jamais, impedir que o mundo gire, a lusitana rode e as pessoas se deitem com quem quiserem, como quiserem. Seu julgamento moral e sua opinião, quaisquer que sejam, serão para sempre da mais profunda desimportância.
A não ser, claro, para você mesmo. Pois como diz Tennessee Williams na voz de Chance, o protagonista de “Doce pássaro da juventude”, a grande diferença entre as pessoas neste mundo “não é entre quem é rico e pobre, bom ou mau. É entre quem tem ou teve prazer no amor e quem nunca teve prazer no amor, apenas observou, com inveja, inveja doentia”.
João Ximenes Braga
sexta-feira, 10 de julho de 2009
PORTO VELHO SEDIA O ENCONTRO NACIONAL DA ABL – ARTICULAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS
Acontece em Porto Velho de 10 a 12 julho, o I Encontro Nacional da ABL.
Nos dias 10 a 12 de julho, ativistas lésbicas de várias regiões do país, estarão em Porto Velho para a realização do I Encontro Nacional da ABL – Articulação Brasileira de Lésbicas. O encontro terá como objetivo principal a realização do planejamento estratégico para a rede para o biênio de 2009-2011 e ainda contará, com momentos onde o feminismo e o humanismo nutrirão as ativistas com conceitos e reflexões.
Para Denise Limeira, coordenadora nacional da ABL, o encontro é um momento histórico pois proporcionará as lésbicas a troca de experiências e o fortalecimento das ações da rede. Acredita também que entre todos os resultados esperados, minimamente a ABL sairá fortalecida e unida. Uma outra novidade no encontro é que a participação das demais lésbicas da rede que não conseguiram viabilizar sua ida a Porto Velho será possível via internet, pois a ABL usará da tecnologia para que o encontro seja realizado também via satélite.
Sobre a ABL:
A ABL – Articulação Brasileira de Lésbicas foi fundada em maio de 2004 por ativistas do movimento de lésbica do Brasil. O objetivo da rede é instrumentalizar e qualificar politicamente novas lideranças de mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, promovendo a criação e manutenção de grupos e /ou núcleos de mulheres lésbicas, bissexuais e/ou transexuais em grupos mistos, para que estes assumam a luta por nossos direitos.
Informações para a imprensa:
Denise Limeira – (69) 9207-8748
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Um Pacto lésbico feminista - Para colocar em prática tudo aquilo em que acreditamos!