"Quero fazer da minha existencia lesbica feminista a produção crítica de mim mesma e do mundo!"

(frase criada por várias lésbicas feminista do Brasil- Marylucia Mesquita, Luanna Marley, Kaká Kolinsk...)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

II Convocatória LAMCE

O grupo LAMCE – Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará convida todas as mulheres lésbicas e bissexuais, organizadas ou independentes, para uma discussão sobre a participação das mulheres lésbicas e bissexuais na X Parada pela Diversidade Sexual do Ceará.
A discussão se realizará dia 28 de maio, hj, as 18:30h na Praça da Gentilândia (em frente ao CRESS). 
A participação das mulheres nas paradas é um tema que está sendo discutido amplamente pelo movimento de mulheres lésbicas brasileiro, a exemplo da campanha Tem Mulheres na Parada!!! (http://blog.clickgratis.com.br/dellasnaparada/), realizada pelo Movimento D´Ellas do Rio de Janeiro. 
Já estão sendo realizadas discussões a cerca da 10° edição da Parada pela Diversidade, que está sendo organizada pelo GRAB –Grupo de Resistência Asa Branca em parceria com alguns colaboradores da entidade.
Aguardamos a presença de todas para juntas construímos uma parada pela diversidade no Ceará. 

Atenciosamente,
Diretoria Colegiada
LAMCE http://grupolamce.blogspot.com


Olá pessoas! nós do LAMCE estivemos reunidas com outros sujeitos do movimento LGBT e com o movimento de crianças e adolescentes em Brasília no ínicio deste mês, para discutir estratégias de enfrentamento a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. Esse momento é histórico, pois nunca
houve anteriormente uma discussão séria de como enfrentar as milhares de injustiças que são cometidas contra adolescentes LGBT.
O resultado da oficina, que durou 2 dias, é essa carta que colamos aqui pra vocês....





CARTA DE BRASÍLIA



Os Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (filiados a ANCED), as organizações de defesa de direitos de crianças e adolescentes e organizações do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT que estiveram reunidos na oficina Direitos Humanos e Diversidade Sexual do Adolescente, realizada em Brasília nos dias 06 e 07 de maio de 2009, com o propósito de debater e apontar diretrizes para a promoção, defesa e garantia dos Direitos Sexuais como Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes declaram que:

A plena afirmação de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos passa pelo reconhecimento do exercício da sexualidade como um direito fundamental desses sujeitos. Para a afirmação dos direitos sexuais é fundamental garantir informação, livre expressão, bem como respeitar a autonomia e responsabilidade das crianças e adolescentes no desenvolvimento e exercício de sua sexualidade, livres de qualquer forma de preconceito, humilhação, omissão ou violência.

Os setores comprometidos com a garantia dos direitos sexuais de crianças e adolescentes precisam ter como princípios de sua atuação: a necessária afirmação de um Estado laico e o enfrentamento aos fundamentalismos religiosos; rompimento com posturas que reproduzam hierarquias de gênero; garantia do direito de crianças e adolescentes à livre expressão de sua orientação sexual e identidade de gênero, respeitando sua condição de pessoas em desenvolvimento.

Para a efetivação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes é necessário o desenvolvimento de projetos, programas e políticas públicas intersetoriais comprometidos com:

§ A efetiva participação de crianças e adolescentes na construção de propostas político-pedagógicas de promoção, defesa e garantia de seus direitos sexuais;
§ Garantia do acesso à informação sobre sexualidade, ligada à educação em direitos humanos, numa perspectiva emancipatória e inclusiva;
§ Afirmação da garantia dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, como ação efetiva no enfrentamento ao abuso e exploração sexual;
§ Reconhecimento e afirmação da diversidade sexual;
§ Afirmação de toda forma de violência, discriminação, preconceito, humilhação, constrangimento por orientação sexual e identidade de gênero como violação dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

Cientes da necessária mudança de concepções e práticas para a afirmação dos direitos sexuais como direitos humanos de crianças e adolescentes, entendemos ser de fundamental importância promover espaços de formação e debate que envolvam o conjunto de atores do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, bem como ativistas dos movimentos feminista e LGBT; e inclusão do tema dos direitos sexuais de crianças e adolescentes em Conferências e Fóruns do movimento de garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

Brasília, 07 de maio de 2009.
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terça-feira, 26 de maio de 2009

ESCOLA SEM HOMOFOBIA

* Por Luanna Márley



Promover e facilitar a discussão aprofundada e qualificada da lesbofobia, homofobia e transfobia nas escolas, congregando lideranças do movimento LGBT, gestores estaduais e municipais da Educação, representantes dos Comitês Gestores Estaduais do Programa Saúde e Prevenção as Escolas (MEC/Ministério da Saúde) e das Comissões Estaduais de Direitos Humanos, este são os objetivos do Projeto ESCOLA SEM HOMOFOBIA.

Nas cidades de Belém, Salvador, Brasília, São Paulo e Curitiba, acontecem os encontros regionais do Projeto, através de seminários que apresentam a proposta do projeto, bem como os produtos e resultados que ele pretende atingir.

A Finalidade do Projeto é contribuir para a implementação do Programa Brasil sem Homofobia pelo Ministério da Educação, através de ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro.

Assim, entre os dias 26 e 27 de maio, na cidade de Salvador, está sendo realizado um dos Encontros Regionais do Projeto Escola Sem Homofobia. Do estado do Ceará, estão representantes do movimento LGBTT de Juazeiro do Norte, Fortaleza, bem como gestores da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Coordenadoria de Políticas Públicas para Diversidade Sexual, e do Governo do Estado do Ceará, através das Coordenações Regionais de Desenvolvimento da Educação - CREDE´s.

Para Felipe Lopes, da Coordenadoria de Políticas Publicas para Diversidade Sexual – Prefeitura de Fortaleza, “esse encontro é essencial para a criação de diretrizes e estratégias que devam ser aplicadas e implementadas pela Prefeitura de Fortaleza, no âmbito da rede municipal de ensino, a fim de enfrentar e erradicar a lesbo/homo/transfobia nas escolas!”.

Negra Cris, militante lésbica negra, do Grupo AJOBI e da Rede Afro LGBT, diz que “o mapeamento da questão da homofobia nas escolas como forma de visibilizar esta problemática é muito importante, pois o encontro além promover a troca de experiência, estamos nos fortalecendo enquanto educadores/as e militantes!”

Adriana Cynthia, Coordenadora da 1ª Coordenação Regional de Desenvolvimento da Educação do Governo do Estado do Ceará, afirma que este Projeto “está vindo num momento propício. Para quem está na ponta trabalhando com as escolas, percebemos o quanto há uma evasão escolar e a discriminação quanto aos LGBT, por exemplo, em relação às travestis, existem problemas quanto ao corriqueiro uso de um banheiro, bem como o despreparo dos/as professores/as que por desconhecimento, por preconceito não conseguem abordar o tema. A porta de entrada para chegar ao professor/a é o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas-SPE.”

Para o LAMCE o grande desafio é: realmente implementar estas Políticas voltadas para Educação e enfrentamento à lesbofobia, transfobia e homofobia em cada Estado brasileiro, tendo em vista que existe e é imposta de forma violenta a heterossexualidade como obrigação, o machismo e os tabus que dificultam realmente o trabalho voltado para a Educação e os Direitos Humanos LGBTT. É preciso estreitarmos os laços entre movimento e gestores/as e, principalmente, fortalecer o controle social e investirmos na EDUCAÇÃO.


DICA DE VÍDEO:

ESCOLA SEM HOMOFOBIA

Vídeo educativo centrado nas oficinas realizadas com professores da Rede Pública de Ensino de Nova Iguaçu e Duque de Caxias sobre a temática da homossexualidade nas escolas. Mostra como a vivência na escola pode ser um caminho para o exercício da cidadania plena e um ambiente de respeito à diversidade sexual.

Produção ABIA (2006) – Sistema DVD
Direção: Vagner De Almeida e Luciana Kamel
Duração: 18 minutos

Foda-se os homofóbicos

Vídeo muito engraçado, um tanto "gaycentrico", mas mesmo assim muito engraçado!
Foda-se a homofobia, foda-se os homofóbicos.. rss




sexta-feira, 22 de maio de 2009

Beijaço amanhã!



Há uma semana pessoas de orientação sexual gay e lésbica sofreram violência psicológica e física, por demonstrarem afeto em público. Duas garotas foram expulsas da ponte, e um outro grupo de pessoas, dentre elas pessoas homossexuais, ao perceber que se tratava de preconceito, colocaram-se ao lado das garotas e questionaram os seguranças da Servis sobre o motivo que impedia as meninas de continuar no local. A resposta foi ironia, mais preconceito, e depois agressões verbais. Um estudante, também homossexual, questionou de forma um pouco mais incisiva a ação dos seguranças e obteve como resposta uma “voadora” na cocha.Passados sete dias, queremos voltar lá e mostrar que as pessoas têm a liberdade de fazer a opção sexual que quiserem, e ninguém pode impedir ninguém de se gostar e desfrutar da cidade como qualquer um. A idéia é fazermos um “Beijaço”, amanhã, às 15 horas, na Ponte.Quem achar que essa causa também lhe diz respeito, por favor, compareça! Não esconda o seu posicionamento. Apareça!O que: BeijaçoQuando: Amanhã, sábado, dia 23 de maio, às 15 horasOnde: Ponte da Praia de Iracema
Apareçam!!!!!!!!!!!!!!!



quarta-feira, 20 de maio de 2009

CARTA DE BRASÍLIA - sáude



CARTA DE BRASÍLIA


Durante a realização do SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS, promovido pelo Ministérioda Saúde em parceria com os Movimentos Sociais, nos dias 08, 09,10 e 11 de Maio de 2009, representantes da Gestão Estadual e Municipal de Saúde, e de Organizações do Movimento Negro, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), Comunidades de Religiões de Matriz Africana, Ciganos, Movimento Nacional da População de Rua, Movimentos Populares de Saúde – MOPS, Povos do Campo, da Floresta e das Águas, Adolescentes e Jovens, por consenso, apresentam a seguinte carta:

Considerando o modelo de desenvolvimento capitalista, que gera desigualdades e injustiça social, subtraindo o sentido dos sujeitos em favor das lógicas de mercado e do lucro, e determinando as condições de vida, trabalho e de saúde das populações da cidade, do campo, da floresta e das águas; Considerando que os processos históricos da nossa sociedade se estruturaram a partir do capitalismo, do patriarcado, do sexismo, do racismo, do adultocentrismo, da heterossexualidade obrigatória e da heteronormatividade, as quais geram misoginia, relações assimétricas de gênero, lesbofobia, transfobia, homofobia, discriminação étnico-racial e todas as modalidades de preconceitos; Considerando o avanço do fundamentalismo religioso enquanto recurso ideológico que ameaça o estado laico, violando os direitos humanos; Considerando a ausência de projetos políticos sociais coletivos que alimentem o tecido social baseados nos paradigmas da solidariedade e da justiça social; Considerando a relevância da diversidade étnico-racial, cultural, territorial, religiosa, orientação sexual, identidade de gênero, idade e os modos de
produção de vida e trabalho; 3 Considerando o fortalecimento das práticas populares de saúde, incluindo a educação e o cuidado à saúde como estratégias que devem ser consideradas
para o enfrentamento das iniqüidades em saúde; Considerando a importância da participação e do controle social, na formulação de políticas e no acompanhamento da gestão do SUS como estratégia fundamental para a consolidação e a consagração do direito à saúde; Considerando as Políticas de Saúde Integral da População Negra e de Saúde Integral da População do Campo e da Floresta aprovadas e pactuadas pelas instâncias do SUS; Considerando as demandas das populações cigana, em situação de rua, LGBT, povos e comunidades tradicionais, e outras populações em condições de exclusão no acesso ou de discriminação no SUS; Nós, participantes do SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS, exigimos:
1- Aprovação, publicação oficial e implementação das Políticas e Planos Operativos da diversidade: Política Nacional de Saúde Integral das Populações Negra, LGBT, do Campo, da Floresta e das Águas, em Situação de Rua, Povos e Comunidades Tradicionais, e ampla divulgação na mídia, sociedade civil e movimentos organizados, e em todas as esferas de gestão do SUS.
2- Garantia de ampla participação e controle social desses segmentos e sujeitos na gestão do SUS, e participação no processo de monitoramento e avaliação da implementação das políticas nos diversos territórios.
3- Imediata qualificação e organização da rede de serviços do SUS para o atendimento humanizado, respeitando a diversidade e as necessidades singulares dos sujeitos.
4- Garantia da participação dos diversos sujeitos e movimentos organizados na implementação das Políticas de Educação Permanente e Gestão do Trabalho, e de Educação Permanente para o Controle Social do SUS, incluindo a temática da diversidade no conjunto de ações de qualificação dos gestores, trabalhadores e conselheiros da saúde, e de desprecarização do processo de trabalho.
4
5- Reconhecimento de que os sujeitos em sua diversidade produzem conhecimentos, saberes e práticas em saúde, bem como a necessidade do fortalecimento da educação popular, com vistas à construção de uma Política de Educação Popular no campo da saúde.
6- Garantia de orçamento e financiamento específico para implementação das políticas em todas as esferas de gestão.
7- Fomento para pesquisas e extensão em saúde que atendam a diversidade dos sujeitos, garantido sua ampla divulgação e acesso.
8- Garantia da intersetorialidade na formulação de políticas, bem como na gestão, planejamento e execução das ações, como forma de avançar no direito à saúde dos povos, reforçando a necessidade de articulação intrasetorial para atingir a integralidade do SUS.
Nós, sujeitos da diversidade, reiteramos a defesa intransigente do SUS, dos princípios da universalidade, da integralidade e da equidade na saúde e da inclusão da diversidade sexual e de identidade de gênero, multiétnica e pluricultural nas ações de atenção integral à saúde. Da mesma forma, reafirmamos o SUS como Patrimônio Social Cultural Imaterial da Humanidade, e como resultado da luta dos/as trabalhadores/as e movimentos populares pelo direito à saúde.
Brasília, 11 de maio de 2009


AGENDA POLÍTICA NACIONAL
1. Garantir a inserção da Política Nacional de Saúde Integral das Populações Negra, do Campo e da Floresta nos Planos Estaduais e Municipais de Saúde e agilizar o processo de implementação de Políticas para populações em situação de exclusão no SUS, comprometendo as três esferas de gestão.
2. Defender e divulgar a Equidade como bandeira política do SUS.
3. Promover a criação de instâncias estaduais e municipais para o enfrentamento das iniqüidades em saúde.
4. Efetivar os Planos Nacionais de Enfrentamento da Epidemia de Aids entre Gays, HSH e Travestis, e o de Feminização da Aids.
5. Inserir a temática de acolhimento que contemple a diversidade e as especificidades da população brasileira na Política Nacional de Humanização.
6. Criar protocolos de atendimento que contemplem a atenção e o cuidado para os grupos sociais específicos em situação de iniqüidade em saúde.
7. Promover o reconhecimento das comunidades tradicionais de terreiros, nas três esferas de gestão do SUS, como espaço de promoção da saúde.
8. Fomentar a intersetorialidade das ações e a transversalidade da atenção à saúde para os diversos sujeitos sociais, nos diferentes territórios brasileiros.
9. Fomentar o desenvolvimento de estratégias de preservação do ambiente e desenvolvimento sustentável, garantindo a segurança da saúde dos/as trabalhadores/as nas diversas comunidades.
10. Efetivar as ações de promoção da equidade em saúde nas escolas, em articulação com o Programa Saúde na Escola e Escola sem Homofobia. 
11. Qualificar e garantir as ações do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.
12. Divulgar e participar da Caravana em Defesa do SUS como estratégia de consolidação da Reforma Sanitária e do direito à saúde.
13. Disseminar os conteúdos e ações discutidos neste Seminário junto aosEstados e Municípios e divulgá-los, massivamente, buscando todos os meios de comunicação.
14. Realizar Seminários Regionais, com envolvimento de Gestores e Conselhos sobre a Promoção da Equidade em Saúde, de forma democrática e participativa.
15. Ampliar a participação social para além dos espaços instituídos de pactuação e de gestão.
16. Garantir a representação, nos Conselhos de Saúde, das populações em situação de iniqüidade, fortalecendo sua participação.
17. Promover o reconhecimento, pelos gestores, da diversidade dos sujeitos na garantia do direito à saúde e estímulo à participação de todos os segmentos, incluindo comunidades e povos tradicionais, pessoas com deficiência e portadores de HIV.
18. Implementar Colegiados de Gestão nas Unidades do SUS com representação dos movimentos populares.
19. Incluir conteúdos relativos ao enfrentamento das iniqüidades em saúde nos processos de Educação Permanente dos profissionais da saúde garantindo a reforma curricular e o financiamento destas iniciativas.
20. Construir processos de educação popular em saúde como estratégia de aprendizagem para gestores e trabalhadores da saúde, e movimentos sociais.
21. Adequar os currículos das universidades garantindo que os profissionais de saúde tenham formação em gênero, etnia e determinação social da saúde, tornando os profissionais e o SUS mais comprometidos com a diversidade e os processos de saúde-doença.
22. Potencializar a participação dos segmentos sociais na construção dos conteúdos programáticos dos cursos de humanização e outros programas do SUS.
23. Capacitar os profissionais de saúde em Língua Brasileira de Sinais (Libras) na atenção e no cuidado à pessoa portadora de deficiência.
24. Promover a defesa do SUS e da Emenda Constitucional 29, garantindo o direito a saúde.
25. Assegurar os direitos sexuais e reprodutivos como forma de preservação e de promoção da saúde das mulheres heterossexuais, bissexuais e lésbicas, garantindo o atendimento seguro aos casos de abortamento reduzindo, especialmente, a mortalidade das mulheres negras.
26. Assegurar os direitos humanos e à saúde da juventude negra, com construção de estratégias para a garantia do atendimento integral (pronto e pós-atendimento), buscando: a) a redução da morbimortalidade deste segmento, vítima da ação letal das polícias militares, civis, federais, guardas municipais e de grupos para-militares sob a justificativa de combate e repressão ao tráfico de drogas; b) assegurar os direitos de jovens em situação de cárcere ou cumprindo medidas sócio-educativas, e de dependência de substâncias psicoativas, entendendo a questão das drogas como questão de saúde pública; c) assegurar os direitos sexuais e reprodutivos às jovens negras.
27. Promover a participação das Secretarias Estaduais de Saúde no debate sobre a reformulação do modelo de segurança pública com a perspectiva de assegurar uma Política de Segurança Pública que preserve a vida do/a cidadã/o.
28. Garantir a laicidade do estado respeitando todas as religiões que constituem a Nação Brasileira.
29. Fortalecer a presença das populações cigana, em situação de rua, negra, do campo, da floresta e das águas, LGBT, povos tradicionais e comunidades de matriz africana, nas instâncias de controle social do SUS.
30. Incluir o saber ancestral de terreiro nas práticas de saúde considerando que os terreiros são, historicamente, lócus de promoção da saúde.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Hora da poesia....

Tranças desfeitas
E teus cabelos soltos
a envolver-me por inteira
Nunca te vi usando tranças
Mas desejo sempre
desfzê-las
Desejo ver-te por inteira
Imensamente, depois, dentro de mim...
Desejo teu rosto, teus lábios,
teu corpo, desejo teu
ser mulher, teu conhecimento.
Desejo ter pra possuir também
as tranças que há em mim!

Mariana Costa!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pra quem quer saber sobre SENALE - Sistematização das ultimas reuniões

Companheiras, seguem os relatos (construídos a varias mãos) das reuniões sobre o senale realizadas em Brasília, nos dias 09 e 11/05/2009, por ocasião do Seminário Nacional Diversidade dos Sujeitos e Igualdade de Direito no SUS.:
1. Informes Alessandra Guerra, da ABL resgatou os encaminhamentos da reunião realizada em Belém, durante o Fórum Social Mundial, na qual participaram mais de 100 lésbicas e bissexuais e indicou-se Brasília como sede do Senale. Em seguida, houve reunião em Brasília, na qual definiu-se a impossibilidade de o Senale acontecer no DF. Informou também que Denise, de Porto Velho, participaria virtualmente hoje, via MSN, mas a reunião presencial iniciou-se com muito atraso (aproximadamente 2 horas) e Denise não pode esperar.

Trouxe os informes das lésbicas de Porto Velho sobre a organização do Senale. A comissão organizadora local conseguiu até o momento:

- Hospedagem, alimentação e material a ser utilizado no seminário para 100 pessoas;

- há possibilidade de aumentar este número se for feito uma busca conjunta de recursos, para isso é necessário que tenhamos nítido que o Senale é de todas nós, assim devemos envidar esforços coletivos na busca de recursos, não deixando tudo por conta das companheiras de Porto Velho.

- Que os estados que busquem e consigam passagens que estas sejam distribuídas a partir de critérios construídos nos estados, para que não se exclua as lésbicas e bissexuais com menos acesso a recursos.

- Não é possível hospedagem solidária em função das condições climáticas locais, a hospedagem será apenas em hotel.

- Proposta de divisão das 100 (hospedagens, alimentação e material) pelos Estados: 3 lésbicas/bissexuais por Estado + as convidadas. Questões: - como ampliar este número?- como fazer para nenhuma rede se sentir prejudicada?- necessidade de definição da comissão política.

2. Número de participantes e estrutura. Em seguida aos informes abriram as discussões, centradas principalmente na questão do tamanho do Senale, com base na avaliação dos Senales anteriores.Encaminhamentos:

- O VII SENALE deve ter a participação de no mínimo 250 a 300 lésbicas e bissexuais.Ø Que até o final de junho seja repassado para a lista a perspectiva de estrutura e número de participante para que se avalie na lista o que fazer.

- Deverão ser garantidos acessibilidade, interpretes e materiais em braile. 

- Devem ser definidos critérios para distribuição das vagas para as participantes.

3. Definição do conceito de SenaleFoi resgatado o conceito do que é e para que queremos o Senale.Definição:O SENALE é um espaço de escuta, de socialização, de troca, de cultura, de convivência e de fortalecimento do movimentos de lésbicas e bissexuais no Brasil, não se constituindo como encontro de redes.O SENALE é o espaço maior de deliberação e de construção de agenda política do movimento de lésbicas e bissexuais.

4. Comissão organizadora e comissão políticaa. Comissão organizadora: constituída de lésbicas e organizações lésbicas do local sede do SENALE que garantirá a estrutura do Senale. b. Comissão Política NacionalA comissão política terá o papel de facilitadora, propositiva, canalizadora para junto com a comissão organizadora local dar direção política ao Senale. - incidir na direção política do Senale- critérios de composição:3 lésbicas/bissexuais por Rede Nacional3 lésbicas/bissexuais autônomas/ que não estão em nenhuma rede.Buscar assegurar nas indicações para compor a comissão política nacional a diversidade (geracional, étnica/racial, deficiência, entre outras), e pessoas que tenham experiências em organização de SENALES anteriores.critériosétnico racial, geracional, acessibilidadeindicação de que na comissão organizadora estejam pessoas que já organizaram o senale Observações:A metodologia será definida após a definição do número de participantes.Data: 05 a 08 de dezembro de 2009 Lista de Presença (09/05/2009):

Nome Organização E-mail

1. Carmen Lucia LuizLBL/SC carmenlucialuiz@uol.com.br

2. Lurdinha RodriguesLBL/SPlurodrigues@uol.com.br

3. Virginia NunesLilás / LBL/BAvirginialilas@yahoo.com.br

4. Cris SimõesABL / D'ellas/RJcrissimoes2002@yahoo.com.br

5. Alessandra GuerraLAMCE / ABL/CEaleguerradesigner@gmail.com

6. Claudia MatosGAMI / LBL/RNclaudiaeleide@hotmail.com

7. Lucelia MacedoABL / Mesclaludimacedo77@gmail.com

8. Silvana ContiLBL/RSsilvanaconti@uol.com.br

9. Ariane MeirelesLBL/ESarianemeireles@hotmail.com

10. Rosangela PimentaLBL/PErosangelapimenta@yahoo.com.br

11. Roseli Macedo SilvaCANDACES / RNroseli.candaces@yahoo.com.br

12. Leda RegoLEMA / MAledarego1@yahoo.com.br

13. Goretti GomesLBL / RNgamirn@hotmail.com

14. Janice Alves RodriguesABL / MAgrupoflordebacaba@yahoo.com.br

15. Edinalva dos Santos MonteiroMovimento de Lésbicas de Sergipe /mailto:ABLedynalvamonteiro@hotmail.com

16. Maria Fátima SilvaCANDACESmariafatimas@hotmail.com

17. Rosangela Castro zangecastro@yahoo.com.br

18. Edna Bordon LopesCANDACES Br / MSednalopes2001@yahoo.com.br

19. Laurilene Alvim LageCANDACES Br / RS

20. Veronica LourençoCANDACES/LBL / PBnegravera_omim@yahoo.com.br

21. Roselaine DiasLBL / RSroselainesilva.silva@yahoo.com.br

22. Rosangela Balbino da SilvaLBL / RNrorobalbino@hotmail.com

23. Fabiana FrancoLBL / BAfabianadacruzfranco@gmail.com

24. Rivania Rodrigues CANDACESrivania2007@gmail.com

25. Cintia Clara Ferreira da SilvaCANDACESCintiaclara_10@yahoo.com.br

26. Carmen Lucia RibeiroCANDACES / PIdenovopratu@yahoo.com.br

27. Marta AlmeidaCANDACESmartaalmeidafilha@hotmail.com

28. Sonia MoraesEstruturaçãosecretariageral@estruturacao.org.br

29. Maria José VenturaLBL / PIventuramazer@hotmail.com

30. Cinthia F. Gomes cinthia.fernanda@gmail.com

31. Adneuse TarginoLBL / PBaditargino2005@yahoo.com.br

32. Marylucia Mesquita PalmeiraLBL / CEmarymesquita@gmail.com




Continuação da reunião sobre VII SenaleBrasília – 11/05/2009

Neste dia nos reunimos apenas para ler e aprovar o relato da reunião para encaminhá-lo à lista Senale. Mas em função da chegada de novas companheiras, incluindo a companheira Denise Limeira, do Grupo Tucuxi, abrimos para o debate e propostas com base nos informes trazidos por Denise. Propostas:

1. Criar a comissão de mobilização do Senale nos estados de forma a garantir a participação mais ampla possível e facilitar a efetivação dos critérios para a seleção de bolsas.

2. Criar a comissão de comunicação do Senale com o papel de contribuir com a circulação e divulgação das informações de forma ágil; articular e garantir o material de divulgação e comunicação do Senale.

3. A comissão política nacional junto com a comissão organizadora local será a responsável pela seleção de bolsas para distribuição aos estados seguindo critérios estabelecidos. Nenhuma rede deverá ter privilégios em relação a passagens.

4. Realizar um pacto de solidariedade entre as 3 redes nacionais de lésbicas e bissexuais e outras redes presentes, considerando também as lésbicas autônomas que não estão em nenhuma rede. O objetivo é garantir que nenhuma rede, grupo, ou lésbica autônoma seja prejudicada ou privilegiada em relação as condições de participação no Senale. Foi marcada reunião para a tarde do dia de hoje, 11/05/2009.

Lista de Presença (09/05/2009):

Nome Organização E-mail1.

Goretti GomesGAMI / RNgamirn@hotmail.com

2. Janice Alves RodriguesGrupo Flor de Bacaba / MAgrupoflordebacaba@yahoo.com.br

3. Carmen Lucia LuizLBL/SCcarmenlucialuiz@uol.com.br

4. Rita TeixeiraABL / BAritateixeira@rocketmail.com

5. Roza BahiaRede Afronegonassa@yahoo.com.br

6. Claudia MatosLBL / GAMI / RNclaudiaeleide@hotmail.com

7. Denise LimeiraTucuxidenitucuxi@yahoo.com.br

8. Leda RegoABL / MAledarego1@yahoo.com.br

9. Alessandra GuerraABL/CEaleguerradesigner@gmail.com

10. Rosangela PimentaLBL/PErosangelapimenta@yahoo.com.br

11. Silvana ContiLBL/RSsilvanaconti@uol.com.br

12. Adneuse TarginoLBL / PBaditargino2005@yahoo.com.br

13. Helena Hartkede OliveiraLBL / RShhartke@superig.com.br

14. Roselaine DiasLBL / RSroselainesilva.silva@yahoo.com.br

15. Maria José VenturaLBL / PIventuramazer@hotmail.com

16. Cris SimõesD'ellas / ABL / RJcrissimoes2002@yahoo.com.br

17. Veronica LourençoLBL / PBnegravera_omim@yahoo.com.br

18. Carmen Lucia RibeiroLBL / PIdenovopratu@yahoo.com.br

19. Cintia Clara Ferreira da SilvaCANDACESCintiaclara_10@yahoo.com.br

20. Roseli Macedo SilvaCANDACES / RNroseli.candaces@yahoo.com.br

21. Edna Bordon LopesCANDACES-br / MSednalopes2001@yahoo.com.br

22. Laurilene Alvim LageCANDACES BR / RS

23. Yone LindgrenD'ELLAS / ABL /ABGLTyonelindgren@yahoo.com.br24. Rivania Rodrigues CANDACES-BR / PErivania2007@gmail.com


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Postado por Ale Guerra no Mulheres Autônomas em 5/16/2009 02:10:00 PM


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Alessandra Guerra

Novidades do movimento LGBT em ambito nacional


Estar em brasília, fazendo movimentação pró cidadania LGBT e articulando o SENALE foi ótimo!



Primeiro estive no seminário Direitos humanos e diversidade sexual de Adolescentes, promovido pelo CEDECA-DF. Esta foi a primeira vez no Brasil que o movimento da criança e do adolescente chama oficialmente o movimento LGBT para debater e propor iniciativas para a afirmação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes e propor estratégias contra a violação dos direitos sexuais de adolescentes LGBT.


O seminário foi maravilhoso. fiz uma fala na mesa de debate: Um olhar do movimento LGBT sobre a violação dos direitos humanos de crianças e adolescentes, e na minha fala expus além das violências cometidas contra os adolescentes (ex.expulsão de casa, mals tratos, violências) o resultado das oficinas do LAMCE sobre a temática da exploração sexual, e também um pouco do esforço que estamos fazendo pra levar essa discussão pro movimento LGBT, no pré congresso de enfrentamento a exploração sexual no III congresso da ABGLT e outros momentos. O Renato Roseno também fez uma fala, sobre marco-legal e depois debatemos o PLC 122. foi massa! Também tivemos falas da Fernanda Bevenutti, da Bruna, travesti adolescente que conheci nos processos do III Congresso Mundial de enfrentamento a exploração sexual de crianças e adolescentes, do Toni Reis, da Fernada Bevenutti, de Caio Varela e Beto de Jesus.


Deste seminário, construímos um documento, que assim que tiver em mãos, socializo para vcs.


Depois começou o Seminário do Ministério da Saúde sobre diversidade dos sujeitos e igualdade de direitos no SUS. confiram o vídeo que passou, na hora de entoar o hino, na abertura...





Ache outros vídeos como este em ABL - Articulação Brasileira de Lésbicas




Este evento, é pra discutir as especificidades de diversas populações além de LGBT: Ciganos, moradores de rua, pupulação de terreiro, povos da floresta, etc..


Dividi um quarto do hotel Phenícia, com Mãe Omim, mãe de santo do Rio Grande do Sul, foi uma experiencia maravilhosa. encaminho depois a carta LGBT que saiu do seminário.


Em dado momento deste seminário, dia 9 + específicamente, dei uma escapada (ui) para comparecer na Marcha da Maconha, em Brasília. Foi massa, quando grítavamsos para polícia: "Polícia, Polícia... maconha é uma delícia!"


O mais interessante do seminário, no entanto, foi a nossa aproximação com a LBL e o Candaces (rede de lésbicas negras) pra discussão do SENALE. nossa.... não tenho nem palavras pra descrever o que foi isso!


Depois repasso o relatório das reuniões...


depois tivemos o seminário de advocay do projeto aliadas. abaixo algumas fotos de nossas ações....


Vários estados fizeram apresentação de power point, sobre as ações de advocacy local. tenho a apresentação de todos salvas, se alguém desejar deixe um recado, ok?


Na programação também discutimos o atuação da ABGLT no executivo, tivemos a presença de 10 ministérios, marquei uma reunião com o ministério do turismo, para discutirmos a questão da exploração sexual LBGT e do tráfico de travestis.


Dentro da discussão do legislativo, com a Fátima Cleide, deliberamos que vamos infelizmente ter que FAZER UM SUBSTITUTIVO PARA O PLC 122, pois o projeto do jeito que está não será aprovado na comissão de constituição e justiça, pois o mesmo tem erros alguns erros, que estão impedindo que alguns senadores se posicionem a favor. Para dar encaminhamento a essa decisão, foi criado um grupo de trabalho, com representantes da ABGLT, ABL, ANTRA, E-JOVEM, REDE AFRO LGBT e representantes da frente parlamentar LGBT para elaborar um novo projeto.


O Deputado José Genoíno PT/SP falou sobre o novo projeto de lei que substitui o projeto da marta suplicy sobre união estável.


Também discutimos o advocacy no poder judiciário e foi ótimo.


Ao contrário dos outros seminários anteriores, esse teve uma ampla participação femininina, e muita participação de lésbicas.


Aproveitando Brasília, fiz visita aos acessores de nossos 3 senadores cearenses: Inacio, Patrícia saboya e Tasso Jereissate , convidando-os para participar do seminário LGBT no congresso nacional.


O seminário no congresso nacional, lotou a plenária 3 do anexo 2 da camara e ainda utilizou outra plenária com transmissão ao vivo em telão.Vários parlamentares compareceram, inclusive um idiota homofóbico, Paes de Lira (PTC-SP), que substitui o clodovil na camara, que provocou a revolta geral da galera....depois fizemos um ato em frente ao congresso nacional:




Depois disso, teve no Itamaraty o lançamento do plano nacional de políticas para LGBT.



Paulo Vanucchi, ministro da SEDH fez uma bela fala no lançamento e vários parlamentares se comprometeram com R$ para colocar o plano em prática....

Bom, é +ou - isso, quem quiser saber alguma cosa, é só perguntar que eu conto, quer dizer, só se você for aliado, rss





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Postado por Ale Guerra no Mulheres Autônomas em 5/16/2009 01:28:00 PM

sábado, 16 de maio de 2009

A mulher que se identifica com a mulher


A mulher que se identifica com a mulher
(The woman-identified woman)
Radicalesbians (1970)



O que é uma lésbica? Uma lésbica é a fúria de todas as mulheres condensada até ao ponto de explosão. Ela é a mulher que, muitas vezes numa idade muito jovem, começa a actuar de acordo com a sua necessidade compulsiva de ser um ser humano mais completo e livre que - talvez então mas certamente mais tarde - a sociedade onde vive a deixa ser.
Estas necessidades e acções ao longo dos anos, conduzem-na a um conflito doloroso com as pessoas, situações, formas aceitáveis de pensar, de sentir e de comportamento, até se encontrar num estado de guerra permanente com tudo à sua volta e geralmente também com ela própria. Pode não estar totalmente consciente das implicações políticas do que para ela começou como necessidade pessoal, mas num dado plano não foi capaz de aceitar as limitações e a opressão imposta pelo papel mais básico da sua sociedade - o papel de mulher. O turbilhão que ela sente, tende a induzir uma culpa proporcional ao grau em que ela sente não estar de acordo com as expectativas sociais, e/ou eventualmente condu-la ao questionar e à análise do que o resto da sua sociedade mais ou menos aceita. Ela é forçada a desenvolver o seu próprio padrão de vida, muitas vezes vivendo grande parte da sua vida sózinha, aprendendo geralmente mais cedo que as suas irmãs heterossexuais acerca da solidão essencial da vida (que o mito do casamento esconde) e acerca da realidade das ilusões. Enquanto não conseguir expelir a pesada socialização que implica o ser mulher, nunca conseguirá estar em paz consigo própria. Porque ela se encontra entre a aceitação da visão que a sociedade tem dela - e nesse caso não se aceita a ela própria - e a compreensão do que esta sociedade sexista fez por ela e porque é funcional e necessário fazê-lo. Aquelas de entre nós que meditámos e tirámos conclusões sobre isso, encontramo-nos do outro lado de uma viagem tortuosa através da noite que pode ter durado décadas. A perspectiva que se ganha dessa viagem, a libertação interior do nosso ser, a paz interior, o amor real por nós próprias e por todas as mulheres, é algo a ser compartilhado com todas as mulheres - porque somos todas mulheres.
Deverá ser compreendido em primeiro lugar que o lesbianismo, tal como a homossexualidade masculina é uma categoria de comportamento possível apenas numa sociedade sexista, caracterizada por papéis sexuais rígidos e dominada pela supremacia do homem. Esses papéis sexuais desumanizam a mulher, definindo-nos como uma casta de apoio/serviço em relação à classe dominante dos homens e tornam os homens inválidos emocionais ao lhes exigir que sejam alienados dos seus próprios corpos e emoções de modo a executar eficientemente as suas funções económicas/políticas/militares. A homossexualidade é um produto secundário de uma forma particular de definir papéis (ou padrões aprovados de comportamento) com base no sexo; e como tal é uma categoria inautêntica (que não está de acordo com a "realidade"). Numa sociedade em que os homens não oprimissem as mulheres, e em que fosse permitido à expressão sexual seguir os sentimentos, as categorias de homossexualidade e heterossexualidade iriam desaparecer.
Mas o lesbianismo é também diferente da homossexualidade masculina e tem uma função diferente na sociedade. "Fufa" é uma forma depreciativa diferente de "paneleiro", embora ambos impliquem que não se está a actuar de acordo com o papel sexual socialmente atribuído - que não se é uma "verdadeira mulher" ou "verdadeiro homem". A admiração invejosa que se sente pela maria-rapaz e o sentimento de mal-estar sentido à volta de um rapaz efeminado apontam para a mesma coisa; o desprezo com que são encaradas as mulheres - ou aqueles que desempenham o papel feminino. E o investimento feito para manter as mulheres nesse papel desprezível é muito grande. Lésbica é a palavra, a etiqueta, a condição que mantêm as mulheres na linha. Quando uma mulher ouve esta palavra ser lançada na sua direcção, sabe que está a pisar o risco. Sabe que atravessou a terrível fronteira do seu papel sexual. Recua, protesta, reformula as suas acções para receber aprovação. Lésbica é uma etiqueta inventada pelo homem para atirar a qualquer mulher que queira ser sua igual, que tenha a audácia de desafiar as prerrogativas dos homens (incluindo a prerrogativa de todas as mulheres serem usadas como moeda de troca entre os homens), que tem a audácia de afirmar a primazia das suas próprias necessidades. Ter esta etiqueta aplicada a pessoas que estão activas no movimento de libertação das mulheres, é apenas o episódio mais recente de uma longa história; as mulheres mais velhas lembrar-se-ão que não há muito tempo, qualquer mulher independente que tivesse sucesso e não orientasse toda a sua vida à volta de um homem ouviria esta palavra. Porque nesta sociedade sexista, ser independente para uma mulher significa que esta não pode ser uma mulher deve ser uma fufa. Isto em si deveria dizer-nos em que pé as mulheres se encontram. Diz tão claramente quanto pode ser dito: mulheres e pessoa são termos contraditórios. Porque uma lésbica não é considerada uma "verdadeira mulher". E contudo, no pensamento popular, existe apenas uma diferença essencial entre uma lésbica e as outras mulheres: a orientação sexual - ou seja, depois de se retirar o papel de embrulho, deveremos finalmente compreender que a essência de ser "mulher" é ser fodida por um homem.
"Lésbica" é uma das categorias sexuais em que os homens dividiram a humanidade. Enquanto que todas as mulheres são desumanizadas sendo encaradas como objectos sexuais, ao serem objectos dos homens são-lhes oferecidas algumas compensações: identificação com o seu poder, o seu ego, o seu status, a sua protecção (dos outros homens), sentir-se como uma "mulher verdadeira", encontrar uma aceitação social ao aderir ao seu papel, etc. Se uma mulher se confrontar com ela própria ao confrontar outra mulher, existirão menos racionalizações e menos tampões para evitar o horror total da sua condição desumanizada. Aqui encontramos o medo inultrapassável de muitas mulheres em relação a explorar relações íntimas com outras mulheres: o medo de ser usada como objecto sexual por outra mulher, que não só não dará as compensações ligadas aos homens, mas que também revelará o vazio que é verdadeiramente a situação real da mulher. Esta desumanização é expressa quando uma mulher heterossexual descobre que a sua irmã é lésbica; ela começa a relacionar-se com a sua irmã lésbica como sendo um potencial objecto sexual atribuindo o papel de substituto do homem à lésbica. O facto de ela se tornar num objecto quando numa relação está potencialmente envolvido sexo, revela o seu condicionamento heterossexual e nega à lésbica toda a sua humanidade. Para as mulheres, especialmente aquelas envolvidas no movimento, aperceber-se das suas irmãs lésbicas através desta grelha machista de definição de papéis, é aceitar este condicionamento cultural dos homens e oprimir as suas irmãs da mesma maneira que elas próprias são oprimidas pelos homens. Vamos continuar com o sistema de classificação dos homens, que define todas as mulheres numa relação sexual com qualquer outra categoria de pessoas? Afixar a etiqueta de lésbica não apenas a uma mulher que aspira a ser uma pessoa, mas também a qualquer situação de verdadeiro amor, verdadeira solidariedade, verdadeira primazia entre as mulheres é uma forma primária de divisão entre as mulheres dentro dos limites do papel feminino e é o termo que ridiculariza/assusta as mulheres e que as impede de formar quaisquer ligações, grupos ou associações primárias entre elas.
As mulheres no movimento tem numa maioria dos casos feito grandes esforços para evitar discussões e confrontações sobre a questão do lesbianismo. Põe as pessoas nervosas. Elas ficam hostis, evasivas, ou tentam incorporar o assunto num "tema mais geral". Preferem não falar no assunto. Se o tem de fazer, tentam impedir que se continue por ser um falso problema. Mas não é uma questão secundária. É absolutamente essencial para o sucesso e o atingir dos objectivos do movimento de libertação das mulheres que se lide com esta questão. Enquanto a etiqueta de "fufa" poder ser usada para assustar as mulheres para que estas se tornem menos militantes, se mantenham afastadas das suas irmãs, para afastá-las de dar primazia a tudo o que não seja os homens e família - então desse modo elas são controladas pela cultura dos homens. Até as mulheres conseguirem ver umas nas outras a possibilidade de um compromisso primordial que inclui o amor sexual, estarão a negar a elas próprias o amor e o valor que dão inerentemente aos homens, afirmando desse modo o seu estatuto de segunda classe. Enquanto que o mais importante seja a aceitação pelos homens - tanto para as mulheres individuais como para o movimento como um todo - o termo lésbica será usado eficazmente contra as mulheres. Enquanto as mulheres quiserem apenas mais privilégios dentro do sistema não querem antagonizar o poder dos homens. Em vez disso procuram uma aceitação da libertação das mulheres e o aspecto mais crucial desta aceitação é negar o lesbianismo - isto é negar qualquer desafio fundamental à base do papel da mulher.
Deverá igualmente ser dito que algumas mulheres mais jovens e mais radicais começaram a discutir o lesbianismo com honestidade, mas até agora apenas como uma "alternativa" sexual aos homens. Contudo, isto é ainda dar a primazia aos homens, tanto porque a ideia de se relacionar mais completamente com as mulheres ocorre como uma reacção negativa aos homens como porque a relação lésbica está a ser caracterizada apenas pelo sexo o que é divisionista e sexista. Num plano que é tanto pessoal como político, as mulheres podem retirar energias emocional e sexual dos homens e desenvolver diversas alternativas nas suas vidas para essas energias. Noutro plano político/psicológico diferente, deverá ser compreendido que o que é crucial é que as mulheres se comecem a libertar dos padrões de resposta definidos pelos homens. Na privacidade das nossas próprias psiques, devemos cortar esses cordões até ao cerne. Porque independentemente de para onde fluem o nosso amor e energias sexuais, se nas nossas cabeças nos identificamos com os homens, não podemos realizar a nossa autonomia como seres humanos.
Mas porque é que as mulheres se relacionam com e através dos homens? Em virtude de termos sido educadas numa sociedade de homens, interiorizamos a definição que a cultura dos homens dá de nós próprias. Essa definição vê-nos como seres relativos que existem não para nós próprias mas sim para o serviço, manutenção e conforto dos homens. Essa definição confina-nos em funções sexuais e de família e exclui-nos de definir e elaborar os termos das nossas vidas. Em troca dos nossos serviços psíquicos e da execução de funções não lucrativas, o homem dá-nos apenas uma coisa: o estado de escrava que nos torna legítima aos olhos da sociedade em que vivemos. A isto dá-se o nome no calão cultural a "feminilidade" ou "ser uma mulher verdadeira". Nós somos autênticas, legítimas, reais se formos propriedade de algum homem cujo nome usamos. Ser uma mulher que não pertence a qualquer homem é ser invisível, patética, inautêntica, irreal. Ele confirma a sua imagem de nós - de aquilo que temos de ser de modo a ser aceitável por ele - mas não dos nossos verdadeiros seres.; ele confirma o nosso estatuto de mulher - tal como ele o define, em relação a ele - mas não pode confirmar o nosso estatuto de pessoa, os nossos seres como absolutos. Enquanto estivermos dependentes da cultura dos homens, para esta aprovação, não podemos ser livres.
A consequência de interiorizar este papel é um enorme reservatório de auto-ódio. Isto não corresponde a dizer que este auto-ódio é reconhecido ou aceite como tal; com efeito muitas mulheres negá-lo-ão. Pode ser experimentado como desconforto com o seu papel, sentimento de vazio, entorpecimento, desassossego, uma ansiedade paralizante. Alternativamente, pode ser expresso através de uma grande defesa do destino e da glória do seu papel. Mas este auto-ódio existe, muitas vezes no inconsciente, envenenando a sua existência, mantendo-a alienada de ela própria, das suas necessidades e tornando-a estranha às outras mulheres. As mulheres odeiam-se a elas e às outras mulheres. Tentam escapar ao se identificar com o opressor, vivendo através dele, ganhando status e identidade a partir do seu ego, do seu poder dos seus feitos. E através de uma não identificação com outros "recipientes vazios" como elas próprias, as mulheres resistem relacionando-se a todos os níveis com outras mulheres que irão reflectir a sua própria opressão, o seu estado secundário e o seu próprio auto-ódio. Pois confrontar outra mulher é finalmente confrontar o seu próprio ser - o ser que se tentou tão dificilmente evitar. E nesse espelho sabemos que não podemos realmente respeitar e amar aquela em que nos tornámos.
Uma vez que a fonte do auto-ódio e a falta de verdadeiro ser tem origem na identidade que nos é dada pelos homens, devemos criar um novo sentido de ser. Enquanto nos agarrarmos à ideia de "ser uma mulher", sentiremos algum conflito com esse ser incipiente, esse sentido do eu, esse sentido da pessoa total. É muito difícil compreender e aceitar que ser "feminina" e ser uma pessoa no seu todo são irreconciliáveis. Apenas as mulheres podem dar umas às outras um novo sentido do ser. Essa identidade tem que ser desenvolvida tendo por referência nós e não os homens. Esta consciência é a força revolucionária a partir da qual tudo o resto sairá, porque a nossa revolução é orgânica. Para isto devemos apoiar e estar disponíveis umas para as outras, dar o nosso amor e compromisso, dar o suporte emocional necessário para manter este movimento. As nossas energias devem fluir na direcção das nossas irmãs e não na direcção dos nossos opressores. Enquanto a libertação da mulheres tentar libertar as mulheres sem encarar a estrutura básica heterossexual que nos liga numa relação um para um com os nossos próprios opressores, energias tremendas continuarão a fluir na direcção de tentar endireitar cada relação particular com um dado homem, como conseguir ter melhor sexo, como fazer com que a cabeça dele se vire ao contrário - para tentar fazer um "homem novo" dele, na ilusão que isto nos permitirá ser uma "mulher nova". Isto obviamente divide as nossas energias e compromissos, deixando-nos incapazes de nos comprometer com a construção de novos padrões que nos libertarão.
É a primazia das mulheres a se relacionarem com outras mulheres, das mulheres a criarem uma nova consciência delas umas com as outras, que está no centro da libertação das mulheres, e que é a base para a revolução cultural. Juntas devemos encontrar, reforçar e validar os nossos seres autênticos. Quando o fazemos confirmamos umas com as outras o nosso sentido incipiente de orgulho e força, as barreiras de divisão começam a desaparecer, e sentimos este sentimento crescente de solidariedade com as nossas irmãs. Vemo-nos como princípio, encontramos os nossos centros dentro de nós. Vemos regredir o sentimento de alienação, de ser posta de parte, de estar por detrás de uma janela fechada, de ser incapaz de fazer sair o que nós sabemos que se encontra cá dentro. Sentimos uma autenticidade, sentimos finalmente que estamos de acordo connosco. Dentro desse ser real, com essa consciência, começamos uma revolução para acabar com a imposição de todas as identificações coercivas e para atingir o máximo de autonomia na expressão humana.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mulher não é mercadoria!

http://www.youtube.com/watch?v=4MuQePTLbAM

terça-feira, 5 de maio de 2009

Feminismo lesbiano - livros e revistas





Galera, o grupo Mulheres Rebeldes, (http://mulheresrebeldes.blogspot.com/) divulgou tem ótimos livros e revistas sobre lesbianidade feminista à venda...
Então vai aí as dicas..



em rebeldia – da bloga ao livro
marian pessah e clarisse Castilhos
http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2009/04/em-rebeldia-da-bloga-ao-livro.html
“Durante os anos 2006 e 2007 fizemos uma bloga que chamamos EM REBELDIA. Além de ser um pouquinho nossa filhota, era um espaço de luta e de expressão, de contato com a rebeldia necessária e com nossas companheiras da América Latina e do Caribe – também necessárias.
Subíamos um texto – sempre de forma bilíngüe – acompanhado de um editorial no qual falávamos de coisas que tinham acontecido no pais, no mundo e até dentro das nossas cavernas.
Certo dia o sistema ordenador se incomodou e gritou BASTA! Daqui vocês não passam! E nos fechou suas portas.
Com medo de que todo este trabalho ficasse perdido nas profundezas de alguma memória rígida, nos sentamos no micro e foi assim que desenvolvemos este novo formato de organização dos textos em um livro.
Ele vem a trazer uma das preocupações de nosso grupo mulheres rebeldes, de ter material impresso, deixar marcas na historia. em rebeldia – da bloga ao livro, além de vir com textos nossos, de marian pessah e clarisse castilhos, tem da Ochy Curiel, Francesca Gargallo, Margarita Pisano, Claudia Korol, Audre Lorde, Teresa Meana, Emma Goldman, Monique Wittig, Simone de Beauvoir, Julieta Paredes e Victoria Aldunate Morales.
É uma nova realização da colección libertaria.
R$ 20,00 + R$ 5,00 gastos de envío


DESOBEDIENTES – Experiencias y reflexiones sobre poliamor, relaciones abiertas y sexo casual entre lesbianas latinoamericanas y caribeñas.
Editoras: Norma Mogrovejo, marian pessah, Yuderkys Espinosa, Gabriela Robledo. Editorial en la frontera
R$ 25,00 + R$ 5,00 gastos de envío


El patriarcado al desnudo. (está esgotado, só tem os ultimos 2 numeros)
Tres feministas materialistas: Colette Guillaumin, Paola Tabet Nicole Mathieu.
BRECHA LÉSBICA. Compiladoras Ochy Curiel / Jules Falquet.
http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2008/11/el-patriarcado-al-desnudo.html
El “feminismo materialista francés” es sin duda una de las corrientes más radicales, aunque poco conocidas, del pensamiento y la práctica feminista. Desde 1970, su perspectiva teórica y política desnuda las raíces mismas de la subordinación de las mujeres al demostrar que no son un grupo biológico, natural, sino que al contrario una clase social, de sexo, construida por relaciones de producción y de explotación.
R$ 25,00 + R$ 5,00 gastos de envío


De la cama a la calle : perspectivas teóricas lésbico-feministas – Jules Falquet. - BRECHA LÉSBICA.
De la cama a la calle : perspectivas teóricas lésbico-feministas propone profundizar acerca de la teoría y de la práctica lésbico-feminista, no solamente en Europa y Estados Unidos sino también en Latinoamérica y El Caribe. Además de trazar una historia de parte del movimiento lésbico y de su teorización, aporta un análisis político y materialista del amor y la pareja.
La autora nos propone ver el lesbianismo, no sólo como una práctica sexual individual, sino y sobre todo, como una práctica política y como una propuesta para cambiar este mundo de raíz.
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ESCRITOS DE UMA LESBIANA OSCURA
http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2008/11/escritos-de-una-lesbiana-oscura.html
reflexiones críticas sobre feminismo y políticas de identidad en América Latina.
Yuderkys Espinosa Miñoso. en la frontera.
Escritos de una lesbiana oscura : reflexiones críticas sobre el feminismo y la política de identidad América Latina, es un libro escrito con pasión. Pasión de la que poco queda em el terreno amoroso y peor aún en el político. Su lectura nos invita a restablecer aquella fuerza perdida por una dilución en el pragmatismo y en la razón instrumental. El texto aboga por un restablecimiento de a potencia regeneradora de las utopías, aquellas que alguna vez planteó el feminismo como corriente política y filosofía de vida. Este llamado puede sonar tal vez, fuera de lugar y de época, marginal a este tiempo. Sin embargo, la autora se arriesga, pues otra no sería la justificación de su escritura. La lesbiana oscura que permanece siniestra, aislada, opaca, puede ser portadora de una extraña luz que trastoque la percepción y vuelva hermosos lo amenazable. en la frontera
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Malena y el mar (esgotado, ultimos 5 números) de marian pessah colección Libertaria
http://www.flickr.com/photos/83523012@N00/215254806/in/set-72157594236892723/
Malena y el Mar... o el arte para desatar las incómodas sogas del patriarcado
mariana pessah da sus primeros pasos en la literatura uniendo una serie de relatos que conforman la vida de Malena Urtiaga, lesbiana, fotógrafa y artesana de sus propios deseos.
Ni de novelas, ni de cuentos, las anécdotas que narra la protagonista podrían bien, enmarcarse en relatos violeta. Un nuevo género para una mujer que, movida por su curiosidad y sus inquietudes, subvierte en escenas cotidianas la trama de una realidad envasada en consignas tramposas.
Las huellas en el mar de Malena abren caminos de sueños nuevos, de rebeldía inclaudicable.
Una muchacha que descubrirá la palabra lesbiana con el mismo asombro y naturalidad que revelará el amor.
Escucharemos a aquella adolescente que se preguntaba si alguna “sapita lesbiana” la despertaría de la aburrida pesadilla del príncipe azul de los cuentos de hadas; y festejaremos a la mujer que no duda en cambiar el génesis de la historia usando la detonación de los sentidos, acudiendo a la libertad de la imaginación.
La Malena de Mariana Pessah, relata con voz de tango y embestida de rock and roll, como una mujer puede deshacerse de las normas y recrear un mundo propio, legítimo, a partir del registro, casi fotográfico, de su propia alma.
La música de Malena suena al ritmo de los cambios, de los miedos, de las certezas y del latido de su corazón.
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Revistas:


Costela de Adão!! Revista do primeiro grupo feminista dos anos 70 em Porto Alegre. Números 0 e 1. Não dá para perder!!
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Baruyeras revista lésbica feminista argentina
http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2008/11/revista-baruyera.html
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Bollus vivendi, revista lésbica feminista espanhola, números 1, 2, 3
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Uma palabra, outra. Revista lésbica feminista espanhola, números 4 e 5
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Gostaram? então corram lá no site pra adquirir a sua!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O PLC está pra ser votado! faço sua parte!

Pessoal  é   fundamental  mobilizar  a  comunidade  LGBT e  pessoas  aliadas

O Projeto de Lei 122/2006 (da chamada Lei da Homofobia), que se for aprovado, vai    ser   fundamental  para  conquista   da  cidadania  plena  da  comunidade  LGBT, está para ser votado a qualquer momento. www.senado.gov.br prontinho para ser votado.

Ligue agora mesmo para o Senado Federal (0800 61 22 11 ligação  gratuita) (pode ligar de celular) e peça aos(as) senadores(as) de seu estado e os demais para votarem a  favor este Projeto PLC 122 /2006  que visa   a  diminui a  discriminação   contra a comunidade  LGBT.

A telefonista vai pedir-lhe seunome completoCPF e CEPde sua residência. Estes dados são para  evitar que mesma pessoa ligue diversas vezes. Ligue. É seguro.

Caso não se lembra quais são os senadores de seu estado, não se preocupe, pois a telefonista irá informar-lhe.

Entre no site do Senado:www.senado.gov.br e peça aos Senadores para estarem atentos a este Projeto de Lei. Telefone agora mesmo para os(as) Senadores(as).

Faça a sua parte. Ligue para o Senado, e também coloque em suas listas de discussão, blogs, ORKUT, MSN  etc.

É  fundamental   você  fazer  sua  parte.   Se   você  ligar,  mande   um  email   para tonidavid@avalon.sul.com  confirmando  sua  ação.Vamos  fazer  a  lista   das  pessoas   responsáveis  pela  aprovação a  lei  que  criminaliza a  homofobia.

Entre  no  site www.naohomofobia.com.br  e  veja  como  ajudar.

Abaixo o  fundamentalismo  religioso.

Todos  e  todas juntas  por  um  Brasil Sem Homofobia